BAILE DOS VAMPIROS EM NOITE DE CARNAVAL

BAILE DOS VAMPIROS EM NOITE DE CARNAVAL
COM KID LOCO E X-WIFE ENTRE OUTROS

O francês Kid Loco e os portuenses X-Wife são os cabeças de cartaz para uma noite electrizante. Em plena época carnavalesca, o Fantasporto veste-se a rigor para mais um Baile dos Vampiros. A 23 de Fevereiro, às 23.59h, o Teatro Sá da Bandeira recebe a edição 2004 da tradicional festa. Da música electrónica ao electro punk rock, passando pela música de dança, nada vai faltar nesta noite mágica de muitas mordidelas…

O Baile dos Vampiros mudou! Este ano não se realiza como habitualmente no final do Fantasporto, mas a meio… e porquê? O dia de Carnaval é dia 24 de Fevereiro, por isso, o festival não quis perder a oportunidade de lhe proporcionar a melhor maneira de passar esse dia. Às 23.59h do dia 23, o Teatro Sá da Bandeira abre as suas portas para a edição 2004 do Baile dos Vampiros. Pouco importa se no outro dia andar com olheiras e de ressaca – “É Carnaval ninguém leva a mal!”.

BATIDAS ELECTRÓNICAS DE FRANÇA

O nome mais sonante deste Baile dos Vampiros vem de terras gaulesas, qual Asterix, qual Obélix, muito mais forte e dançante – chama-se Kid Loco. O francês Jean Yves Prieur, conhecido em todo o mundo como Kid Loco, tem preparada uma noite ainda mais louca.
Desde 1996 que Jean Prieur se decidiu pelas batidas essencialmente electrónicas. Há quem o compare a bandas com o os Air ou Dimitri From Paris. Jean Prieur começou a trabalhar na música no início dos anos 80, do século passado como Kid Bravo, era guitarrista de uma banda punk, só que a produção parecia-lhe uma área mais aliciante, por isso, criou nessa altura a editora Bondage.
O impacto que a música RAP teve a nível mundial fez Kid Bravo mudar de rumo e nos finais dos anos 80 já passava música Reggae e Hip Hop com Mega Reefer Scratch. Em 1996 mudou de nome para Kid Loco e editou o “Blues Project EP”, seguido em 1997 por “A Grand Love Story”, uma lufada de ar fresco para a música rock e de dança, graças aos samples utilizados.
Jean Yves Prieur já fez remixes para várias bandas e produtores tais como, Pulp, Saint Etienne, High Llamas, Stereo Lab e Talvin Singh.

X-WIFE: A BANDA PORTUGUESA DO MOMENTO

Mas, porque a noite ainda é uma criança, o Baile dos Vampiros tem para o seu público a banda portuguesa do momento, o pós punk electrónico ao vivo.
Aqueles de quem todos falam são do Porto, chamam-se X-Wife e às 00.30h, do dia 24 de Fevereiro, apresentam no Teatro Sá da Bandeira o primeiro álbum de originais: “Feeding the Machine”.
Apesar de a banda ter pouco mais de ano e meio, já é considerada por todos os críticos uma das mais coerentes e surpreendentes da cena musicial portuguesa. O trio portuense é liderado pelo vocalista e guitarrista João Vieira (aka D.J. Kitten), apoiado pelo baixista Fernando Sousa (ex-Stealing Orchestra) e pelo teclista e programador Rui Ferreira (ex-Lads). Tudo começou na segunda metade do anos 90, do século passado. João Vieira vivia em Londres onde cursou design gráfico, fez música e passou discos. Em 2001 regressou a Portugal para montar o “Club Kitten”, que revolucionou as noites portuenses com seu o glamour espalhafatoso e ajudado pelas novas tendências musicais que trazia da Grã-Bretanha. A ideia para a formação dos X-Wife começou quando se apercebeu que ele (D. J. Kitten) e Fernando Sousa necessitavam de explorar novos caminhos musicais. Pouco depois travaram conhecimento com Rui Pereira. João Vieira diz que achou piada ao facto de Rui Pereira estar no Mercedes com uns óculos enormes à Jarvis Cocker, dos Pulp. Meteu conversa e as coisas aconteceram.
O nome “X-Wife” é um nome “mauzinho”, relembra João Vieira à “Mondo Bizarre”. “Quando se fala na ex-mulher fala-se normalmente de uma forma depreciativa”.
Em meados de 2002 apresentaram-se, pela primeira vez ao vivo, ainda não tinham qualquer tema gravado, na cave da loja Agência, no Porto. Seguiu-se a publicação de um cd-single com três faixas, “Rockin’Rio”, “Eno” e “We Are”. O formato foi inspirado num exemplo recente, os Strokes. Desde o dia 12 de Janeiro passado que está à venda “Feeding the Machine”, nas palavras de João Vieira, numa das muitas entrevistas que vai dando, neste caso ao suplemento “Y” do jornal Público, “a expressão surgiu numa conversa com a rapariga que fez o video. A certa altura, ela disse: ‘you have to feed the machine’. É alimentar o cérebro com coisas que te satisfaçam intelectualmente”.

MAIS MÚSICA COM OS DEZPERADOS E COM OS FRESHKITOS

No resto da noite do Baile dos Vampiros o mistério vai andar no ar. Primeiro, porque os Dezperados (dois DJ’s) prometem lançar música radioactiva, por detrás da mesa de mistura e por detrás de duas máscaras… porque “o segredo é alma do negócio”. Começaram no Lux e já espalharam o seu perfume por todo o lado. Nos seus sets tocam de tudo, desde que dê para dançar.
Diversidade e eclectismo noutro momento alto da noite. Os Freshkitos são um projecto recente, mas que promete arrasar o público do Teatro Sá da Bandeira. Os Freshkitos são Filipe Rodrigues (aka D.J. Phil) e Gustavo Pereira. A ideia é simples: revolucionar o “deejaying” – actuam com quatro gira-discos profissionais, dois leitores de cd também profissionais, duas mesas de mistura, um processador de efeitos e ainda um gravador de samples. A música é de dança, seja ela house, techno, electro, hip hop, disco, rock, punk, funk, sendo a única permissa exigida a qualidade.

No Sá da Bandeira. A não perder!

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