Fevereiro de 2000
O Contingente Nacional para Timor integra militares dos três ramos das Forças Armadas e começou a ser deslocado para Timor Leste em meios aéreos fretados pelas Nações Unidas e por Portugal, em vagas sucessivas, desde 30 de Janeiro (Aeronave com carga), tendo sido o primeiro transporte de pessoal efectuado em 7 de Fevereiro e o segundo passadas 24 horas.
O CNT é constituído por:
- Comando do Sector Central – (Exército-Marinha-Força Aérea).
- 1.° Batalhão de Infantaria Páraquedista – (Exército-Marinha).
- Destacamento de Helicópteros Allouette III – (Força Aérea).
- Destacamento de C-130, em Darwin – (Força Aérea).
- Fragata ” Hermenegildo Capelo” – (Marinha).
Compõem-no 971 militares, sendo 579 do Exército, 340 da Marinha e 52 da Força Aérea.Os materiais pesados serão transportados em navio fretado pelas Nações Unidas, com chegada prevista a Timor no início de Março.
A PKF estabeleceu três sectores no território de Timor-Leste, ficando:
- o sector Leste sob comando australiano.
- o sector Central sob comando português.
- o sector Oeste sob comando tailandês.
O QG português foi instalado em Díli e assumiu o seu comando o Coronel pára-quedista Eduardo Lima Pinto, às ordens do qual servem 12 militares do Exército, 5 da Marinha e 5 da Força Aérea.
O 1.° BIPara, em Timor-Leste, sob o comando do tenente-coronel Cordeiro Simões, é composto por:
- Comando e EstadoMaior.
- 2 Companhias de Pára-quedistas.
- I Companhia de Fuzileiros Navais (integrada do 1″ BIPara desde a fase do aprontamento no RI 15 em Tomar).
- 1 Companhia de Comando e Serviços.
- 1 Companhia do Exército do Quénia, a qual já se encontrava em Timor ao serviço da INTERFET’.
Mapa do pessoal envolvido em Timor.
OPERAÇÃO | LOCAL | MISSÃO | DESIGNAÇÃO DA FORÇA/ ÓRGÃO | EFECTIVO TOTAL DO CONTINGENTE PORTUGUÊS | EFECTIVO DA MARINHA | EFECTIVO DO EXÉRCITO | EFECTIVO DA FORÇA AÉREA | |
UNTAET | TIMOR | UNTAET | QG UNTAET | 6 | 1 | 4 | 1 | |
QG CENTRO | 28 | 5 | 18 | 5 | ||||
BATALHÃO | 707 | 153 | 554 | —— | ||||
DEST. HELIS | 31 | —— | —— | 31 | ||||
APOIO AO CNT | FRAG. HERMENEGILDO CAPELO | 184 | 184 | ——– | —— | |||
DEST. C-130 (DARWIN) | 21 | —— | —— | 21 | ||||
TOTAL | 1 647 | 463 | 1 118 | 66 |
Dia 4 de Julho 2000
As tropas portuguesas que se encontram em Timor Leste no âmbito das Nações Unidas serão rendidas em Agosto, segundo referiu ontem o chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, general Espírito Santo.
Esta rotação, que ocorre ao cabo de seis meses da presença de forças portuguesas naquele território, far?se?á em três fases, estando o seu início previsto para o dia 8 do referido mês.
A segunda terá lugar a 15 e a última a 22.
De acordo com o general Espírito Santo, Portugal procurou junto das Nações Unidas que nesta rendição houvesse uma redução dos efectivos a enviar mas a ONU considerou não por agora oportuno.
Assim, o nosso país manterá em Timor-Leste um batalhão conjunto paraquedistasfuzileiros, um comando de sector, bem como um destacamento da Força Aérea, num total de oitocentos militares.
Porém, a tendo em conta as necessidades do território, a tendência no futuro será para uma redução progressiva do número de militares ali destacados e o consequente aumento dos elementos da polícia civil.
No encontro com os jornalistas, o general Espírito Santo estava acompanhado do coronel Lima Pinto, comandante do contingente português em Timor a que em Agosto será substituído pelo tenente-coronel Martins Ferreira.Terceiro a último contingente de militares portugueses já partiu para o território.
Setembro 2000
O Terceiro a último contingente de militares portugueses já partiu para o território.
O terceiro a último contingente de militares portugueses partiu esta tarde, dia 19 de Setembro, às 18h00, para Timor.
São 253 elementos do 2° Batalhão da Brigada Aerotransportada Independente, que partiram da Base Aérea de Figo Maduro.
O número total de tropas portuguesas que partiu para Timor em três grupos é de 766, informa a Lusa.
Estes militares têm como missão garantir a segurança em Díli, Liquiçá e Ainaro, bem como auxiliar a reconstrução do território.
Os militares realizaram exercícios prévios nas matas de Ovar (Aveiro) e Castro D’Aire (Viseu).
26 Janeiro 2001
Militares portugueses de partida.
0 2° Batalhão de Infantaria/Brigada Ligeira de Intervenção (2° B I/BLI), que em breve seguirá para Timor-Leste, recebeu ontem, em Viseu, o Estandarte Nacional.
O chefe do Estado Maior do Exército, general Martins Barrento, atrasado pelo temporal, só chegaria a tempo de solidarizar-se com os soldados que integram esta missão de paz. 0 2° BI/BLI, comandado pelo Tcor. de infantaria Fernando António Figueiredo, foi preparado, nos últimos seis meses, no aquartelamento do Regimento de Infantaria 14 (Viseu). Constituem-no companhias de comando a serviços, atiradores, fuzileiros, cavalaria e um destacamento de engenharia, num efectivo total de 852 militares.
Martins Barrento sublinhou a responsabilidade a os riscos associados a esta missão, exortando por isso os militares a terem sempre presentes três princípios: participação, empenhamento a tranquilidade.
“Que Nossa Senhora de Fátima, cuja imagem benzida, ides transportar para Timor, vos acompanhe a que a sorte também não vos falte”, frisou, por sua vez, o comandante da BLI, António Luís Ferreira do Amaral.